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Bem-vindos à jf-Croca

Croca, tem a principal documentação sobre a sua existência nas Memórias do Mosteiro de Bustelo (1210), nas Inquirições de 1258, na Chancelaria de D. Dinis (1310), no Cadastro da População de 1527, no Censual da Mitra do Porto (1542) e também nas Memórias Paroquiais de 1758. Nestas, podemos ler o seguinte:

“ Primeyramente esta situada esta freguezia na Província de entre Douro, e Minho, no Bispado e termo do Porto, Com Marca de Penafiel. He In Solidum Curato Annual do Mosteiro de Sam Bento do Couto de Sam Miguel de Bustello. (…) Não tem termo seu nem comprehende lugares nem aldeias por estar entre dous montes, hu chamado da Cucanha, e outro chamado do Crasto”.

Croca era um curato de apresentação do Convento de Bustelo, e esteve anexada a esta Freguesia entre 27 de Março e 18 de Novembro de 1896.

O seu povoamento vem de épocas muito remotas e pode ser comprovado através de variadíssimos vestígios encontrados na área da Freguesia.

Os elementos do seu brasão são: as Chaves, representando o Padroeiro da Freguesia, S. Pedro; os cachos de uvas, representando a importância da agricultura na freguesia, em especial a cultura da vinha; a tesoura, representando a importância da indústria têxtil para a população da freguesia, não só pela existência de unidades industriais do sector na freguesia, como também pela elevada percentagem da população activa feminina que trabalha em unidades industriais têxteis de freguesias vizinhas  e, finalmente, o rio, representando o Rio Cavalum que passa na Freguesia.

Estando situada no norte do Concelho e integrada na Bacia Hidrográfica do Rio Cavalum, a Freguesia de Croca faz fronteira com os Concelhos de Lousada e Marco de Canavezes e com as Freguesias de Bustelo, Santa Marta e São Martinho de Recesinhos, do Concelho de Penafiel.

Do rico Património edificado desta Freguesia, devemos destacar a sua Igreja Paroquial e as Capelas de São João e do Divino Salvador.

A Igreja, de estilo Barroco, com esbelta torre sineira tem um amplo portal de entrada e a rematá-lo um frontão triangular interrompido.

Sobre ele, um nicho guardando uma pétrea imagem de S. Pedro ladeado dois por dois óculos redondos.

Completam o restante Património, a Casa do Fundão, a Casa da Lapa e a Casa da Acucanha, brasonada.

A festa mais importante é dedicada ao Santíssimo Sacramento, realizando-se anualmente no primeiro Domingo de Agosto.

A Capela de São João e a seiscentista Capela do Divino Salvador, restaurada, preenchem o património religioso da Freguesia.

Filho de respeitáveis e honrados proprietários, nasceu nesta Freguesia, na Casa da Lapa, a 4 de Fevereiro de 1870, Zeferino de Oliveira.

Aos 17 anos emigrou para o Brasil onde viria a falecer em Junho de 1929.

Tendo feito fortuna no Rio de Janeiro, e apesar de ser um dos Portugueses de maior destaque no Brasil, não ser esqueceu das suas raízes, da sua Terra e dos seus.

Em Croca, para além de ter ajudado os seus Familiares, preocupou-se com a educação da população, como prova a construção da Escola Zeferino de Oliveira.

Empregou parte da sua fortuna em Penafiel, na Igreja e no parque do Sameiro, e no Hospital da Misericórdia.

Nunca se tendo esquecido que a sorte que o bafejou a muitos foi negada, instituiu, em Penafiel, a sopa dos pobres.

O seu espírito altruísta e mecénico, tornou-o numa figura Nacional, tendo proporcionado os meios financeiros para o funcionamento da Cadeira de Estudos Camonianos, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.